Jornal ACOMARCA

domingo, 15 de maio de 2011

PREFEITURA CANCELA PROGRAMAÇÃO E VESTE LUTO NO ANIVERSARIO DA CIDADE



O município de Seabra completou 122 anos, no último dia 14 de maio, porem, não comemorou. A Prefeitura Municipal cancelou toda a programação, apenas fez o haste amento simbólico das bandeiras do País, do Estado e do Município, em virtude do falecimento da ex-primeira dama, Mardete Medeiros Ramos Leite, 64 anos. Hastearam as bandeiras do Brasil, da Bahia e de Seabra, as respectivas autoridades do Prefeito, Major da Policia Militar e Presidente da Câmara, que em ato respeitoso levantaram as bandeiras somente até a metade do mastro, em homenagem a Mardete, que depois de uma permanente luta contra o câncer, doença que descobriu há alguns anos atrás, veio a falecer aos 64 anos, na madrugada deste Sábado, 14 de maio data em que Seabra ficou mais velha.

A morte ocorreu por volta das 3:15 da madrugada, momento em que o clima esfriou para os padrões da cidade de Seabra, a noite ficou mais escura e do céu caiu lagrimas de felicidade em forma de neblina, era a recepção com alegria da chegada da saudosa Mardete, que acabara de ser acolhida por Deus entre seus anjos. Já na terra, talvez nem oscilasse os grau centigrados dos termômetros, o dia amanheceu triste.

“Recebemos a informação lamentável nas primeiras horas do dia do falecimento da ex-primeira dama de Seabra, Mardete Medeiros Ramos Leite, aos familiares nos solidarizamos e remetemos as mais sinceras condolências”, disse o chefe do executivo em momento de tristeza e de emoção.

Após o haste amento das bandeiras o prefeito de Seabra visitou o corpo de Mardete, oportunidade em que reverenciou seus préstimos ao setor assistente social, decretou luto oficial por três dias em virtude da grande perda, por ser considerada Mardete Medeiros Ramos Leite, uma “persona grata” para a sociedade Seabrense.

Com raízes fixadas em Seabra, Mardete pureza e como os bons deixou saudades....

Em maior proporção deixou muitas saudades para seus filhos: Magda, Manoela, Marina e Marlon, para o esposo Dálvio, netos, irmãos e a grande família seabrense.

O corpo foi velado em sua residência, no centro da cidade. O sepultamento ocorreu no final da tarde para o inicio da noite no Cemitério Municipal de Seabra, acompanhado de muitas homenagens e emoção.

Nesses 122 anos de emancipação, o município de Seabra vive um novo tempo, “o tempo da igualdade”, tempo de desenvolvimento, um tempo de uma gestão que trabalha pela igualdade, tendo a frente uma política que visa beneficiar diretamente todos os cidadãos e cidadãs do município, projetando-o para garantir um futuro promissor a juventude seabrense e conseqüentemente o desenvolvimento dos principais setores: Comercio, Agricultura familiar, piscicultura, educação, etc. Possibilitando igualdade social e melhores dias para todos.

HISTORIA DE SEABRA

Segundo o IBGE, os primeiros núcleos de povoamento da Chapada Diamantina surgiram no início do século XVIII, com o crescimento das minas de ouro de Jacobina e Rio de Contas. A Coroa Portuguesa determinou uma abertura de uma estrada que ligasse as duas regiões de exploração aurífera. Esta estrada, chamada de “Estrada Real”, contava hoje as terras pertencentes ao município do Seabra, até então desertas.

Muitos portugueses foram atraídos pelo garimpo do ouro, mas desiludidos com as exigências do Império vinculadas ao precioso metal, se fixaram naquela região, dedicando-se à agricultura e pecuária.

O primeiro núcleo de povoamento foi a Vila de Iraporanga (Ex - Esconso e Parnaíba), hoje Iraquara.

É tradição oral que a cidade de Seabra antes denominada povoado de São Sebastião do Cochó do Pega, originou-se de um aglomerado de casas de palhas que serviam de pouso aos viajantes, no início chamado de Passagem de Jacobina.

Provavelmente, na mesma época surge a povoação de Campestre que foi a primeira Sede do município. Campestre pertencia na época ao município de Nossa Senhora do Livramento do Rio de Contas. Em 15 de Março de 1847 foi elevada à Sede de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Campestre, confirmada pela Lei Providencial 899 de 15 de Maio de 1863 que criava o distrito de paz de campestre. Posteriormente em 1868 foi Freguesia de campestre elevado à categoria de vila com a denominação de vila agrícola de campestre pela Lei Provincial de número 2652 de 14 de Maio de 1889 que também criava o município de Campestre com território desmembrado de Lençóis, sendo instalada categoria de cidade pelo Decreto 491. Distrito de Jatobá, hoje Baraúnas pela Lei Estadual 776 de 26 de maio de 1910. Transferência da sede de campestre para o povoado de São Sebastião do Cochó do Pega.

Em 22 de Março de 1922, conforme ata do conselho municipal, já se pensava na transferência da Sede do município de Campestre para o Povoado de São Sebastião do Cochó – a proposta foi apresentada verbalmente pelo Conselheiro Manoel Muniz Barbosa, mas deixava a transferência a critério do Sr. Intendente do Diretório Político e do Coronel Horácio de Matos.

Em 1929, o Coronel Horácio de Matos fez a transferência para a referida povoação que passou a se chamar Dr. Seabra. Não se tem conhecimento de nenhum ato que oficialize a transferência.

Em 27 de Agosto, a Lei Estadual nº 1125 oficializava a nova denominação. Depois, os Decretos estaduais nº 7453, de Junho de 1931 e 7459, de 8 de Julho do mesmo ano, simplificam o nome da cidade e do município que passaram a ter a denominação de Seabra.

Aspectos político-administrativos

A história político-administrativa do município é falha porque segundo o único livro de registro de Atas da época, o Intendente Cônego Pedro Bernardino Pereira, ao ser nomeado pároco de Morro do Chapéu para lá se transferiu, levando todos os livros do arquivo municipal. Assim, segue a relação de prefeitos e intendentes que governaram o Município.

INTENDENTES (Prefeitos nomeados):

Pedro Bernardino Pereira

Tibério Esquivel

Manoel Fabrício de Oliveira

Manoel Querino de Matos

Simpliciano de Oliveira Lima

Hermelino José de Souza

Silvino Laureano Pires

Francisco Rodrigues Costa

Dr. Gileno Araújo Góis

Fabrício de Oliveira

PREFEITOS:

Tito Luna Freire – 1º eleito

Manoel Teixeira Leite – 2º eleito

Silvio Martins de Almeida – 3º eleito

Manoel Teixeira Leite – 4º eleito

Jorge Alves de Oliveira – 7º eleito

Armínio Vieira de Athayde – 8º eleito

Fabrício de Oliveira – 9º eleito

Ápio Esquivel de Athayde – 10º eleito

Iovane de Oliveira Guanaes – 11º eleito

Salvandir Fernandes Rocha 12 eleito

Dálvio Pina Leite (PMDB) – 14º eleito (1993-1996)

José Carlos Santos de Athayde (PTB) – 15º eleito (1997-2000)

Dávio Pina Leite (PP) – 16º eleito e reeleito (2001-2008)

José Luis Maciel Rocha (PMDB) - 18º eleito (2009-2012)



Um comentário:

  1. Deus abençoe a família Leite e a todos os seabrenses, que neste momento sofre a partida da querida Mardete, ilustre cidadã, que muito contribuiu para o desenvolvimento da região.
    Jessinho

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