Na última terça-feira (16/09), durante sessão ordinária da câmara de vereadores do município
de Piatã, na Chapada Diamantina, o vereador Amarildo Lima, tornou público o que ele considera mais casos de
empregos fantasmas envolvendo a família do ex-prefeito Ed. Para o parlamentar,
a situação revela a continuidade de um esquema promíscuo que atravessa gestões,
unindo o atual prefeito e seu antecessor em práticas que penalizam a população
mais pobre, enquanto aliados se beneficiam.
Piatã vive uma crise sem precedentes: trabalhadores
enfrentam atrasos salariais, prestadores de serviço e fornecedores denunciam
calotes da Prefeitura, e a comunidade sofre com a precariedade dos serviços
básicos. Segundo Amarildo tudo isso é reflexo da herança de mais de treze anos
de domínio político de um grupo que vem massacrando o povo e usando a maquina
administrativa para beneficiar familiares e aliados.
Escândalos e confusão entre público e privado
Um dos exemplos mais citados pelos opositores é o episódio
em que o prefeito teria perdido bens pessoais — como imóveis e veículos — para
quitar dívidas da própria Prefeitura. Para o vereador, esse fato comprova a
total confusão entre as finanças públicas e particulares, escancarando um
modelo administrativo que trata o município como extensão da vida pessoal de
seus governantes.
Denúncias recebidas por este periódico apontam ainda para a
existência de um sistema de privilégios, onde cargos e contratos seriam usados
como moeda de troca política, favorecendo famílias e aliados enquanto a
população amarga a falta de investimentos em saúde, educação e infraestrutura.
O silêncio da mídia e a propaganda oficial
Outro ponto levantado é a suposta anuência de alguns meios
de comunicação local, que supostamente recebe recursos públicos para divulgar
apenas conteúdos que interessam ao gestor. Assim, a comunicação institucional
se transforma em propaganda personalizada, protegendo a imagem do prefeito e
abafando críticas.
O legado do ex-prefeito
O ex-prefeito, que apesar de não defender a gestão, ainda
influencia diretamente na condução da máquina pública, é apontado como símbolo
dessa lógica. Adversários políticos o acusa de acumular patrimônio imobiliário
e comercial na cidade, muitas vezes sem registros oficiais em cartório ou
declaração à Receita Federal, reforçando suspeitas de irregularidades.
A pior crise moral da história de Piatã
Para o vereador Amarildo, o município atravessa a pior crise
moral de sua história. “Estamos diante de uma administração que confunde o
público com o privado, que paga dívidas da Prefeitura com bens pessoais e troca
favores com cargos, enquanto o povo sofre. É um escárnio com a cara do cidadão
piatãense”, afirmou o vereador.
Em defesa a vereadora Indira, irmã do ex- prefeito, acusou o
colega de jogar pedra na vidraça dos outros, quando ele também tem telhado de
vidro, disse que um tio do vereador também ganha sem trabalhar.
Apuramos que o referido tio é concursado e que caso tenha
abandonado o emprego, a lei é clara, é responsabilidade do gestor tomar as devidas providencias.
As novas denúncias reforçam a imagem de um governo marcado
por privilégios, confusão administrativa e falta de transparência, aprofundando
o sentimento de revolta e desconfiança da população.
Como meio de comunicação responsável e imparcial, fica esse periódico abertos
a manifestação e esclarecimentos das partes.