Lideranças nacionais e regionais do PSDB, DEM e PMDB selaram, na
segunda-feira (14/4), em Salvador, uma aliança para a disputa ao governo
estadual e ao Senado. É a primeira aliança estadual da oposição com o PMDB,
principal aliado nacional da presidente Dilma Rousseff.
Os três partidos
lançaram como pré-candidatos Paulo Souto (DEM) ao governo estadual, Joaci Góes
(PSDB) como vice-governador, e Geddel Vieira Lima (PMDB) como postulante ao
Senado. O evento reuniu cerca de 1.500 pessoas no Hotel Sheraton e contou com a
presença do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e do prefeito de
Salvador, ACM Neto.
“Venho celebrar
aqui uma belíssima construção política, sobre o comando do prefeito ACM Neto,
uma aliança a favor da Bahia e a favor do Brasil. É até agora a mais bem
sucedida construção política feita para essas eleições, porque incorporam não
apenas os partidos de oposição, como agrega também setores que hoje assistem a
falência de um governo”, ressaltou Aécio Neves na chegada ao evento.
Em seu discurso, o prefeito ACM Neto agradeceu publicamente ao PSDB pela confiança e destacou que os adversários duvidaram da união da oposição com o PMDB na Bahia. “Estamos fazendo uma aliança que ninguém imaginou que fosse possível. Essa é mais forte aliança já montada pela oposição na história da Bahia”, destacou o prefeito de Salvador.
Durante os discursos, as lideranças críticaram o governo da presidente Dilma Rousseff pela crise na economia e pelo que consideram "omissão federal na saúde, educação e na segurança pública dos estados".
Para o ex-governador Paulo Souto, há um esgotamento do PT na Bahia e no Brasil. “Estamos atendendo a um sentimento de grande parte da população da Bahia”, destacou o pré-candidato ao governo da Bahia.
Pré-candidato a vice-governador na chapa da oposição, o empresário e advogado Joaci Góes elogiou a união dos três partidos em torno de um projeto de alternância de poder. “A Bahia está de joelhos. Precisamos colocá-la novamente de pé”, afirmou Goés.
O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, pré-candidato ao Senado pelo PMDB da Bahia, fez questão de deixar claro sua oposição ao petismo. “É hora de virar a página e olhar para frente. É hora de ousar. Essa gente que está aí já deu!”, disse.
O líder do Democratas na Assembleia Legislativa, Carlos Gaban, disse que “esta é a aliança mais completa de oposição do país".
Para Gaban, "o encanto com o PT acabou". Segundo ele, "nenhum compromisso assumido pelo PT com o povo baiano foi cumprido, a exemplo da ferrovia Oeste-Leste, do porto Sul e da Jac Motors que continuam no papel".
Em seu discurso, o prefeito ACM Neto agradeceu publicamente ao PSDB pela confiança e destacou que os adversários duvidaram da união da oposição com o PMDB na Bahia. “Estamos fazendo uma aliança que ninguém imaginou que fosse possível. Essa é mais forte aliança já montada pela oposição na história da Bahia”, destacou o prefeito de Salvador.
Durante os discursos, as lideranças críticaram o governo da presidente Dilma Rousseff pela crise na economia e pelo que consideram "omissão federal na saúde, educação e na segurança pública dos estados".
Para o ex-governador Paulo Souto, há um esgotamento do PT na Bahia e no Brasil. “Estamos atendendo a um sentimento de grande parte da população da Bahia”, destacou o pré-candidato ao governo da Bahia.
Pré-candidato a vice-governador na chapa da oposição, o empresário e advogado Joaci Góes elogiou a união dos três partidos em torno de um projeto de alternância de poder. “A Bahia está de joelhos. Precisamos colocá-la novamente de pé”, afirmou Goés.
O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, pré-candidato ao Senado pelo PMDB da Bahia, fez questão de deixar claro sua oposição ao petismo. “É hora de virar a página e olhar para frente. É hora de ousar. Essa gente que está aí já deu!”, disse.
O líder do Democratas na Assembleia Legislativa, Carlos Gaban, disse que “esta é a aliança mais completa de oposição do país".
Para Gaban, "o encanto com o PT acabou". Segundo ele, "nenhum compromisso assumido pelo PT com o povo baiano foi cumprido, a exemplo da ferrovia Oeste-Leste, do porto Sul e da Jac Motors que continuam no papel".
Veja o que declarou Aécio Neves, em
Salvador
Sobre o lançamento de
pré-candidaturas na Bahia
Temos uma aliança consolidada e na Bahia o que assistimos, hoje, foi a mais bem
sucedida construção política que aconteceu, até agora, no Brasil, para as
eleições de 2014. Sob a liderança do prefeito ACM Neto, o prefeito mais bem
avaliado do Brasil hoje, constrói-se uma aliança que traz o PSDB, o PMDB e
outras forças políticas o que torna a chapa não apenas competitiva do ponto de
vista do Estado, e ela é muito competitiva, como também permitirá que no plano
nacional tenhamos aqui um apoio que nós não tivemos nas últimas eleições. É uma
aliança extremamente sólida, e eu vim aqui para cumprimentar aqueles que com
desprendimento e com capacidade política colocaram à frente o interesse da
Bahia. Que assim, como no plano nacional, o sentimento é de mudança. Os baianos
querem mudança, os brasileiros querem mudança. Querem um governo que concilie
ética com eficiência. E essa é a proposta de Paulo Souto, de Geddel. E é a
nossa proposta no plano nacional.
Sobre os desafios da oposição
Enfrentamos uma máquina utilizada sem qualquer limite. Hoje há quase um
monólogo no plano nacional onde só fala a propaganda bilionária do governo
federal, onde só fala a presidente da República. Esperamos o início do
contraditório, do tempo do debate, da discussão. Porque o governo da presidente
Dilma falhou na economia, ao nos deixar como legado inflação alta, crescimento
baixo e uma perda crescente da nossa credibilidade, o que afeta os nossos
investimentos. Fracassou na infraestrutura, o Brasil é um dos países mais caros
do mundo, porque demonizaram as parcerias com o setor privado durante dez anos,
e agora a fazem de forma envergonhada e amadoristicamente. E falhou também nos
indicadores sociais. A saúde é uma tragédia no Brasil. O governo do PT, quando
assumiu, investia 56% de tudo o que se gastava em saúde. Hoje, apenas 45%. Na
educação, deixamos de avançar, estamos indo para o fim da fila na região. E na
segurança é essa omissão quase que criminosa do governo federal que gera o
aumento da criminalidade em todas as regiões. O sentimento que existe hoje no
Brasil é o sentimento de que já deu! Precisamos iniciar um novo ciclo e tenho
certeza que isso se inicia aqui na Bahia com essa aliança extremamente forte.
Sobre a possibilidade de a aliança
com o PMDB ser ampliada
Do ponto de vista dos estados, ela já vem acontecendo. Em alguns estados, as
conversas avançam. Ninguém muda a realidade e a natureza das relações locais.
Hoje há setores não apenas do PMDB, mas de outros partidos da base governista,
insatisfeitos com isso que está aí. As pessoas já estão percebendo que essa
aliança só serve aos interesses do PT, não serve aos interesses do Brasil.
Espero sim, a partir do se construiu na Bahia, que possamos ter parceiros do
PMDB em outros estados da Federação, ao nosso lado.
Sobre a possibilidade de alianças com
outros partidos da base do governo federal
Temos alianças naturais há muito tempo, por exemplo, com o PP. O PP hoje
governa meu Estado, sucedeu o governador Antonio Anastasia. Temos alianças
muito avançadas, com eles no Rio Grande do Sul. Temos parcerias com o PDT, por
exemplo, em Mato Grosso. O que quero dizer é que, independente de uma aliança
nacional, em muitos estados vai haver alianças do PSDB e da nossa candidatura
com partidos que hoje estão na base. Aliás, essas alianças já existem e vêm se
consolidando ao longo dos últimos anos.
Mas a grande aliança que buscamos é com a sociedade. Aliança com as pessoas que não aceitam mais o mau uso corriqueiro do dinheiro público. Esse desrespeito aos cidadãos brasileiros, como vem acontecendo com a Petrobras. Amanhã, inclusive, vamos cedo ao Supremo Tribunal Federal, esperando que possa haver uma liminar, que permita a investigação em relação a esse desatino que tomou conta do comando da Petrobras, com prejuízos gravíssimos aos brasileiros. Nós – antes que me perguntem, já antecipo aqui – não somos contra qualquer outro tipo de investigação. Que se faça. A base governista tem maioria suficiente para investigar o que quer que seja.
Mas a grande aliança que buscamos é com a sociedade. Aliança com as pessoas que não aceitam mais o mau uso corriqueiro do dinheiro público. Esse desrespeito aos cidadãos brasileiros, como vem acontecendo com a Petrobras. Amanhã, inclusive, vamos cedo ao Supremo Tribunal Federal, esperando que possa haver uma liminar, que permita a investigação em relação a esse desatino que tomou conta do comando da Petrobras, com prejuízos gravíssimos aos brasileiros. Nós – antes que me perguntem, já antecipo aqui – não somos contra qualquer outro tipo de investigação. Que se faça. A base governista tem maioria suficiente para investigar o que quer que seja.
Sobre a situação dos municípios
Tenho dito há muito tempo que a raiz principal dos problemas por que passa o
Brasil é o fortalecimento da União em detrimento de estados e municípios. Nós
precisamos refundar a Federação no Brasil. Fazer uma agenda que permita a
estados e municípios readquirirem as condições de enfrentar as suas demandas.
Cada vez mais o Brasil caminha para viver em um Estado unitário. E nenhum dos
temas da agenda da Federação, muitas apresentadas até pelo próprio governo,
avançaram. No limite, no momento das votações, o governo do PT impediu que qualquer
benefício a estados e municípios, como agora na renegociação das dívidas, fosse
aprovado. Vamos criar uma agenda propositiva que resgate a força e o papel dos
municípios e dos estados brasileiros.
Sobre a ida da presidente da Petrobras, Graça Foster, ao Senado
É mais uma oportunidade. Esperamos que ela possa prestar esclarecimentos. A
CPI, ao contrário do que acha o PT, na verdade, o que eu vejo hoje é um governo
federal à beira de um ataque de nervos, quando se fala em CPI da Petrobras. Mas
a CPI não tem o poder de, a priori, antecipadamente, julgar e condenar quem
quer que seja. Ela é um instrumento, e ela dispõe de instrumentos importantes,
para fazer as investigações. E se houver delito, se houver alguém que cometeu
ilicitudes à frente da empresa, que seja responsabilizado por isso. Mas não
estamos pré-julgando. O que queremos, e veja bem, essa CPI teria grande maioria
governista, é que as pessoas possam ir lá e explicar o que efetivamente
aconteceu para que a Petrobras, que habitava as páginas econômicas, durante os
últimos 40 anos do noticiário brasileiro, agora não saia das páginas policiais.
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