Jornal ACOMARCA

domingo, 21 de agosto de 2011

Brejo Luiza de Brito promoveu a tradicional Festa de Santa Virgem das Vitorias


O município de Novo Horizonte, propriamente o distrito de Brejo Luiza de Brito realizou nos dias 20 e 21deste mês de agosto, sábado e domingo último, a tradicional da Padroeira, Santa Virgem das Vitorias, quando a reportagem do ACOMARCA lá esteve, numa região considerada destaque no norte/nordeste do brasileiro, conhecida como um dos maiores produtores de Alho. O evento foi marcado por muita alegria, paz e fé, nas celebrações do Pe. Gilvanio. A festa da padroeira do Brejo Luiza de Brito, é um evento que já faz parte do calendário festivo da região da Chapada Diamantina, é conhecida principalmente por causa de sua paz interiorana, por ser o brejo uma cidade pacata, com clima maravilhoso, gente simples e hospitaleira, alem das apresentações de diversas atrações artísticas, a exemplo das bandas musicais que este ano fizeram a alegria dos foliões: Julio Nascimento, Xamego proibido, Vaga-boys, Tony & Jú, Kolo de empregada e Kaldo de Kana. O evento contou com o patrocínio exclusivo da Prefeitura municipal de Novo Horizonte e a organização dos festeiros Lorivaldo e Ednalva e Valdenor e Marli. A festa da padroeira vem crescendo a cada ano, milhares de pessoas do município, da região e de outras localidades do estado, alem dos filhos da terra que residem fora e voltam esta época do ano para rever os parentes e amigos, participaram do evento, superando as expectativas dos organizadores. O evento também tem foco voltado para a cultura do alho. A localidade é um dos maiores produtores de alho do nordeste, nos últimos anos, a cultura do alho teve um grande avanço com a introdução de novas variedades, mas atualmente esta em baixa, por causa da queda no preço. Tudo vinha bem até poço tempo, quando o preço começou a despencar devido à entrada no mercado do alho estrangeiro. A situação vem se agravando de tal forma, que este ano, a colheita corre o risco de perder, pela falta de compradores e pela queda contínua no preço, de um a quatro reais o quilo do produto, o que inviabiliza a plantação e coloca em risco a economia da região. Apesar de sua localização em uma região de poucas chuvas, são abundantes os lençóis freáticos que irrigada toda a cultura do “Vale do alho”, através de poços artesianos. Um lugar onde o supremo arquiteto da natureza não poupou esforços construiu um magnífico cenário, onde se perde hora admirando o verde das plantações que somem a nossa vista, formando uma belíssima paisagem que só se vê na a época do plantio que contrasta com a bela paisagem natural do vale. Um lugar de gente bonita, humilde e trabalhadora, onde se vê a pratica da verdadeira agricultura familiar, onde todos se dedicam no cultivo desta cultura, que se tornou na agricultura, na maior fonte de renda, fornecendo toneladas de alho para todo o Brasil e exterior, em das diversas classificações e excelente qualidade. Mesmo sendo um lugar de solo e clima adequado para o plantio de alho, o cultivo tem custos elevados, desde o plantio, manejo, adubação até a colheita, cada hectare, tem um custo ao produtor em media 20 reais. Com o preço da saca caindo de R$ 8,00 (oito reais) para menos de R$ 4,00 (quatro reais), no final não tem compensado, o que contribui para evasão populacional para os grandes centros, por isso é preciso uma atitude do governo, no sentido de proteger a cultura da especulação do mercado externo, pois a entrada no Brasil do alho da China tem feito com que os produtores tenham uma concorrência desleal, perdendo a competitividade, pensando no abandono do cultivo dessa cultura e procurar outros meios de sustentar suas famílias. Buscando uma solução para o problema, os produtores acreditam que adotar medidas de proteção à cultura e fiscalização na concorrência do alho importado da china, pode amenizar o problema, pois os custos de produção do alho no Brasil são maiores que na China, no entanto o produto brasileiro seria competitivo se não fosse o subfaturamento.

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