Jornal ACOMARCA

sábado, 3 de dezembro de 2011

Rapidinhas

Por:Erikson Wallas

Facebook I

Depois do sucesso do Orkut, agora é a vez do Facebook. Os usuários do primeiro migraram para o segundo quase que num piscar de olhos. Foi tão rápido que nem deu tempo de se darem conta que haviam mudado de rede social. Continuam a compartilhar imagens com piadinhas, frases célebres de autores que nunca leram, pedidos de ajuda, propaganda e tudo aquilo que no Orkut chamavam de “Promover”, enfim... uma chatice. Vale até uma paródia:

Orkut é Orkut. Facebook é Facebook. Twitter é Twitter e pra ter o meu respeito, favor não me cutuque.

Ah, pra quem não tem Facebook, “Cutucar” é uma ferramenta para chamar atenção de alguém, na maioria das vezes por algum interesse. Não preciso nem dizer que tem gente que não sabe usar.

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Superlativos

Um baleiro de ônibus me chamou atenção para uma evidencia: Na Bahia se diminui muito. É que o vendedor entrou com suas balas anunciando: leve para o filhinho, netinho, sobrinho, painho, pra inho, pra ninho, coisinho, bichinho...Ri sozinho. Mas por que diabos só se referem às pessoas próximas no diminutivo? Penso até que isso influencia na auto-estima. Por que não usar um pouco de superlativo?

Acho fantástico um rapaz do Jerônimo (povoado de Novo Horizonte) que vive chamando todo mundo de “grandão”. De tanto falar “e aí grandão”, ele já passou a ser conhecido assim. Pena que ele é uma raridade, pois, convenhamos, ser chamado de coisinho e filhinho não é nada agradável. A gente quer é se sentir forte, grande, alto...então, paizão, netão, bichão, faça o favor!

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Facebook II

Se bem que dá pra dar umas boas risadas com os facebookianos sem-noção. Uns fazem da rede um diário e passam o dia inteiro relatando seus passos, postando coisas inacreditáveis, do tipo “sem nada para fazer”, ou pior, “indo bater um cagão”. No “Face”, tem gente querendo namorar, gente dando indireta em desafetos que estão na sua lista de contatos, gente se gabando do que tem – e do que pensa que tem. Mas, definitivamente, o insuperável é o pregador. Sempre tem um citando versículos, alertando para o fim dos tempos e declarando amor a Cristo. Imagino o pastor orientando a criatura: “é preciso usar todos os meios para pregar o Evangelho”. Poxa, no Facebook não, na moral

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