Nos próximos 60 dias, a gestão da cidade de Abaíra, na
Chapada Diamantina, deverá encerrar o lançamento in natura a céu aberto de
resíduos sólidos ou rejeitos na área do atual lixão municipal. A ação deve
acontece para atender a Justiça nos pedidos apresentados em ação civil pública
ajuizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A prefeitura Municipal de Abaíra, deve implementar plano
municipal de saneamento básico e adotar medidas para interromper a disposição
final irregular de resíduos sólidos e determinar o fim do famigerado ‘lixão’.
Conforme a decisão, nos próximos 60 dias, o município deverá
encerrar o lançamento in natura a céu aberto de resíduos sólidos ou rejeitos na
área do atual lixão municipal. E no prazo de 30 dias, providenciar o isolamento
do local para mitigar impactos sociais.
Considerando os pedidos apresentados na ação movida pelo
promotor de Justiça Alan Cedraz Santiago, o juiz Raimundo Saraiva Sobrinho
também determinou a elaboração do plano municipal de saneamento básico,
individualmente ou de maneira integrada com outros municípios, respeitando os
requisitos mínimos previstos nas Leis nºs 11.445/07 e 12.305/10 e seus decretos
regulamentadores.
Segundo o promotor de Justiça, danos têm sido causados ao
meio ambiente e à saúde pública por conta do lançamento de resíduos sólidos a
céu aberto, de modo indefinido.
O lixão fica a 2,5 km da sede do município.
Na Bahia, outros municípios enfrentam dificuldades para
resolver o problema do lixão. Sem recursos, as prefeituras apostam em encontrar
solução conjunta entre os municípios e os consórcios. A Prefeitura do Municipal
de Abaíra também passa por essa dificuldade, a falta de recursos acomete o
município chapadeiro, que tem a menor arrecadação do Brasil, 0.6 é seu Fundo de
Participação Municipal – FPM, o consorcio da região é o chamado Consórcio
Chapada Forte.
A realidade dos pequenos municípios é bem parecida, todos têm lixão e poucos tem caixa para construir um aterro próprio.
Essa decisão preocupa, porque a situação não é boa. É claro, a lei precisa ser cumprida, mas a Justiça, o Ministério Público e a União também devem ver as dificuldades que os pequenos municípios passam e ajudar nas soluções. Sobre as possíveis punições, a prefeitura afirma se preocupar, e fazer o possível para cumprir as leis: “É de interesse de todos nós”
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