Presidente Ivana Bastos critica carta de Trump a Lula e tarifa sobre produtos brasileiros.
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Ivana Bastos- Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia |
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), através da presidente Ivana Bastos (PSD), divulgou um manifesto em defesa da soberania nacional e da diplomacia brasileira, com duras críticas à carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e à imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. A nota foi enviada à imprensa durante a tarde desta sexta-feira (11).
No texto, a Assembleia classifica como “flagrante desrespeito” às normas internacionais as ameaças comerciais feitas por Trump e afirma que a Bahia não tolerará “tal violência”. A presidência da Casa afirma que as tarifas atingem diretamente a economia baiana, colocando em risco milhares de empregos, investimentos e o sustento de famílias.
“Não se negocia com arrogância aquilo que nos pertence por direito: a liberdade de decidir os rumos do próprio destino. Tampouco se aceita, com resignação colonial, a imposição velada de interesses estrangeiros”, diz trecho do manifesto, que ainda faz menção a figuras históricas como Ruy Barbosa e o Barão do Rio Branco.
A Alba também condena a carta enviada por Trump ao presidente Lula — publicada no site oficial do republicano — em que o norte-americano pede o fim da “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e cita diretamente o Supremo Tribunal Federal como alvo de perseguição. A nota classifica a ação como “tentativa externa de interferência nos rumos da nossa economia e autodeterminação”.
“A Bahia, sempre à frente nas lutas que moldaram esta Nação, do Dois de Julho à resistência contemporânea, jamais será omissa diante de qualquer tentativa de ataque à sua dignidade”, afirma a presidente Ivana Bastos.
A manifestação da Assembleia ocorre em meio à crise diplomática instalada entre Brasil e Estados Unidos após o anúncio das sobretaxas por parte de Trump. O presidente Lula afirmou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, se necessário, aplicará medidas de reciprocidade a partir de agosto. ACOMASRCA com informações do Bahia Notícias.