Jornal ACOMARCA

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Piatã: Festejos juninos chega ao fim

 

Waldonys- o melhor sanfoneiro do Brasil

A quarta e última noite do festejo junino em homenagem a São João, na  cidade mais alta do norte e nordestede brasileiro,  Piatã, na Chapada Diamantina, Bahia , reuniu uma multidão animada que só não dançou porque não tinha espaço, o Barracão denominado de Nem Batata, ficou literalmente lotado. O evento, que há tempos já se consolidou como uma das maiores festas juninas da região, trouxe gente das mais diversificada regiões do Brasil .

O  São João de Piatã teve abertura com  chave de ouro, o cantor e melhor sanfoneiro do Brasil na atualidade, Waldonys, fez pena ter tocado pra ninguém, mas quem viu se agradou, um monstro da musica.  Os demais, como sempre, agradou uns e desagradou outros. Mas, o que não agradou mesmo o piataense, foi ver  a maior festa da cultura caipira do município, mais uma vez deixar de fora da programação, as brincadeiras típicas que há mais de século fez parte da tradicional festa junina local  e que nos últimos anos deixou de existir. A corrida de jegue, o pau de sebo, entre as demais da época, fez falta no evento.  

A  “Levada Caipira” que percorreu as principais ruas de Piatã, reunindo moradores e turistas que acompanharam com entusiasmo o arrasta-pé ao som da Rural Elétrica contagiada pela musica de Flor Serena e Valdir do Acordeon, bem como as quadrilhas  foi o que tentou resgatar  um pouco da tradição.

Uma piataense em defesa da tradição e do povo de Piatã, indignada com esse modelo de São João, escreveu em suas redes sociais:

“O que aconteceu com o São Joao de Piatã?

Se não fosse a Levada Caipira e as quadrilhas que tentam resgatar um pouco da tradição, o São João Estaria Morto.

Andar pela cidade e não sentir o cheiro de quentão, não ouvir um forró, não ver brincadeiras típicas, o clima junino parece se reservar somente para a festa da noite, Uma festa com cara de capital, com estrutura grandiosa, mas ai eu pergunto, onde estra aquele tradicional São João de Piatã, que eu vivi na minha infância e que meus pais viveram na infância deles.

Durante o dia não tem uma pessoa na rua, quem vem de fora por outros motivos acha que nem tá tendo festa, com decoração na sua que se limita a uma bandeirola aqui e outa lá. Me entristece ver o que essa festa virou, se realmente queremos artistas famosos  ou se preferimos a tradição que movia a cidade antigamente. Em fim, talvez eu esteja sendo nostálgica e saudosista demais...” escreveu.

O São Joao de Piata e uma realização do povo que conta com o apoio da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, da Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Sufotur), do Governo do Estado, representado pelo governador Jerônimo Rodrigues.

Levada Caipira


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