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Waldonys- o melhor sanfoneiro do Brasil |
A quarta e última noite do festejo junino em homenagem a São João, na cidade mais alta do norte e nordestede brasileiro, Piatã, na Chapada Diamantina, Bahia , reuniu uma multidão animada que só não dançou porque não tinha espaço, o Barracão denominado de Nem Batata, ficou literalmente lotado. O evento, que há tempos já se consolidou como uma das maiores festas juninas da região, trouxe gente das mais diversificada regiões do Brasil .
O São João de Piatã teve abertura com chave de ouro, o cantor e melhor sanfoneiro do
Brasil na atualidade, Waldonys, fez pena ter tocado pra ninguém, mas quem viu
se agradou, um monstro da musica. Os demais,
como sempre, agradou uns e desagradou outros. Mas, o que não agradou mesmo o
piataense, foi ver a maior festa da cultura
caipira do município, mais uma vez deixar de fora da programação, as
brincadeiras típicas que há mais de século fez parte da tradicional festa junina
local e que nos últimos anos deixou de
existir. A corrida de jegue, o pau de sebo, entre as demais da época, fez falta
no evento.
A “Levada Caipira” que percorreu as principais
ruas de Piatã, reunindo moradores e turistas que acompanharam com entusiasmo o
arrasta-pé ao som da Rural Elétrica contagiada pela musica de Flor Serena e
Valdir do Acordeon, bem como as quadrilhas foi o que tentou resgatar um pouco da tradição.
Uma piataense em
defesa da tradição e do povo de Piatã, indignada com esse modelo de São João,
escreveu em suas redes sociais:
“O que aconteceu com
o São Joao de Piatã?
Se não fosse a Levada
Caipira e as quadrilhas que tentam resgatar um pouco da tradição, o São João
Estaria Morto.
Andar pela cidade e
não sentir o cheiro de quentão, não ouvir um forró, não ver brincadeiras típicas,
o clima junino parece se reservar somente para a festa da noite, Uma festa com
cara de capital, com estrutura grandiosa, mas ai eu pergunto, onde estra aquele
tradicional São João de Piatã, que eu vivi na minha infância e que meus pais
viveram na infância deles.
Durante o dia não tem
uma pessoa na rua, quem vem de fora por outros motivos acha que nem tá tendo
festa, com decoração na sua que se limita a uma bandeirola aqui e outa lá. Me entristece
ver o que essa festa virou, se realmente queremos artistas famosos ou se preferimos a tradição que movia a cidade
antigamente. Em fim, talvez eu esteja sendo nostálgica e saudosista demais...”
escreveu.
O São Joao de Piata e
uma realização do povo que conta com o apoio da Prefeitura Municipal e da Secretaria
de Cultura, Esporte e Lazer, da Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia
(Sufotur), do Governo do Estado, representado pelo governador Jerônimo
Rodrigues.
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Levada Caipira |
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