Jornal ACOMARCA

sábado, 26 de maio de 2012

IÊDA MARQUES, FILHA DE BONINAL, LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO.


Fotógrafa baiana lança livro e mostra sobre personagens do sertão Livro 'Lembranceiras, imaginário e realidade' foi lançado no TCA- Teatro Castro Alves, em Salvador, a publicação reúne cerca de 100 imagens sobre vida e personagens da Bahia.


Poesia sobre os olhares do sertão. Assim pode-se definir o primeiro livro da fotógrafa boninalense Iêda Marques “Lembranceiras, imaginário e realidade”. A publicação, editada pela Solisluna, reúne cerca de 100 imagens de festas e história da vida no sertão baiano O livro foi lançado no foyer do Teatro Castro Alves, em Salvador, na terça-feira (8/5. Junto com o lançamento, a editora lançou uma exposição com fotografias do livro. A festa contou ainda com a apresentação do Terno das Ciganas de Caeté-Açu, do Vale do Capão. A mostra seguiu em cartaz até  o último dia 18 de maio.
Iêda nasceu no sertão, em Boninal. Seu trabalho se inicia quando se tornou uma retirante nordestina em São Paulo. Naquela época ela escrevia as histórias de sua família e da sua comunidade e algumas dessas histórias estão publicadas nesse livro. Fotografando o sertão desde a década de 80, quando retornou para o estado, a artista conta que sempre trabalhou com um equipamento analógico. “Só agora comecei a fotografar com equipamento digital. Acabei de comprar uma máquina. Estava ficando difícil conseguir relevar em filme no interior do estado”, conta.
A fotógrafa traçou um trajeto, e a partir dele ela passou a registrar as situações do cotidiano. De Rio do Pires, município localizado na Chapada Diamantina até Cachoeira, localizado no Recôncavo Baiano a fotografa transitou entre personagens e histórias. “Tenho relação afetiva com todos fotografados. Entro na casa, sento, tomo café. A minha relação com os personagens é tão importante que as fotografias chegam para eles, antes de ir para uma exposição”, conta. “A ideia é fazer com que esse tema, que é tão atual seja recorrente para que eles possam se auto-reconhecer. É nossa hora de gritar, com trabalho, resultado. O sertanejo é, sobretudo, um forte”, conta. Ela disse ainda que queria mostrar para o mundo que a Chapada Diamantina vai além das belezas naturais. A artista conta ainda que é recorrente fazer exposições nas comunidades utilizando o suporte conhecido como monóculo. A artista foi vencedora do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (Funarte/MinC), em 1998, e tem fotos nos acervos do Museu de Arte de São Paulo.

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