O Economista e Secretário de Finanças de Piatã, Marcos
Paulo, comentou o encerramento do ano
financeiro de 2017, que teve péssimos indicadores para os pequenos municípios
brasileiros:
"Foi um ano muito difícil, onde nem os mais
pessimistas poderiam prever tamanha recessão, pois os resultados financeiros
foram bem abaixo do ano anterior", comenta o Secretário .
Segundo ele, apesar do Governo Federal dizer o contrário,
foi um ano ruim para a economia, com baixa arrecadação tributária, a produção
econômica sem resultado significativo, o PIB com variação insignificante,
inflação alta, problemas fiscais e políticos.
Para demonstrar essa situação, o Secretário apresentou um quadro, onde faz o
comparativo entre os anos de 2016 e 2017, das Receitas Correntes, ou seja, as
receitas que custeiam todas as despesas do município de Piatã.
O quadro demonstra que os valores recebidos no ano de 2016,
foi de R$ 39.061.489 (trinta e nove milhões, sessenta e um mil e quatrocentos e
oitenta e nove reais) e no ano de 2017, o valor de R$ 37.955.798 (trinta e sete
milhões, novecentos e cinquenta e cinco mil e setecentos e noventa e oito
reais), o que representa um valor a menor, para custear todas as despesas do
ano de 2017, de R$ 1.105.000 (um milhão e cento e cinco mil reais).
Entretanto, ainda com a receita desfavorável, o secretário
informou que o município de Piatã conseguiu manter em dia suas obrigações.
"Mesmo com tamanha queda na receita, conseguimos manter todos os serviços
essenciais ao nosso povo. Honramos com os compromissos junto aos fornecedores
e, ainda, conseguimos ser um dos poucos municípios na Bahia a pagar os salários
e o décimo terceiro pontualmente" disse Marcos Paulo, que ainda relatou
uma situação mais delicada referente as
receitas destinadas à educação, "se analisarmos separadamente o FUNDEB, a
situação ainda é pior. Recebemos em 2016 o valor de R$ 13.544.66 (treze
milhões, quinhentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e sessenta e um reais),
no exercício de 2017 recebemos o valor de R$ 12.908.647 (doze milhões,
novecentos e oito mil, seiscentos e quarenta e sete reais) o que representa um
valor a menos recebido do FUNDEB em 2017, quando comparado com 2018, no valor
de R$ 363.986 (trezentos e sessenta e três mil, novecentos e oitenta e seis
reais). Isso analisando em termos nominais, ou seja, sem considerar os efeitos
da inflação, o aumento do valor do piso do magistério do Governo Federal e o
ganho do plano de carreira do magistério. Considerando esses fatores, o nosso
déficit nas verbas da educação em 2017, chega perto de um milhão de reais. A cada dia os administradores de municípios
pequenos como o nosso, precisam tirar algum coelho da cartola, pois os recursos
se tornam cada vez mais escassos e as demandas aumentam a cada dia. É um
exercício diário de fazer sempre mais com menos", finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário