O que há alguns anos poderia ser visto como ficção científica, já é realidade em Salvador. Empresas da capital baiana têm realizado operações logísticas com o auxílio de aeronaves não tripuladas, os drones. Com capacidade para transportar até 10 kg de forma regulamentada, mercadorias podem ir da Bahia Marina a Stella Maris, sobrevoando a Baía de Todos-os-Santos com maior segurança e em menor tempo.
Para ser transportada, a mercadoria é colocada em uma caixa
personalizada, que é então acoplada na aeronave. Da central de controle, a rota
é definida e o cliente pode acompanhar o percurso de entrega em tempo real. Ao
chegar no ponto de pouso, um motoboy faz a entrega ao destino final.
Uma das empresas que realiza entregas via drone em Salvador
é a Neodent, indústria global de implantes dentários, primeira empresa do
segmento odontológico a adotar essa tecnologia de logística no Brasil.
“A operação, que teve início em janeiro deste ano,
proporciona benefícios como a redução no tempo de entrega, mais eficiência
operacional e um modelo de transporte com menor impacto ambiental”, elencou
Juliano Souza, gerente de Logística da Neodent.
Juliano destaca que a entrega com drones é realizada
exclusivamente em Salvador, onde a prefeitura municipal cedeu pontos de pouso e
decolagem, dois deles estratégicos para a operação da Neodent. A empresa já
realizou testes com drones em Curitiba e Florianópolis e estuda a expansão para
outras capitais.
As rotas de entrega já disponíveis na capital baiana foram
traçadas pela Speedbird Aero, empresa pioneira em desenvolver e operar sistemas
aéreos não tripulados no Brasil, com dois modelos de aeronave já certificados e
homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“Salvador já conta com o modelo DLV-2, capaz de transportar
até 10kg, primeira aeronave do país que possui a certificação para percorrer
até 23km além da linha de visão do piloto”, destacou Manoel Coelho, CEO da
Speedbird Aero.
Além da Neodent, no segmento de saúde, a Speedbird também
realiza operações logísticas para os laboratórios do Grupo Pardini, com
transportes de material biológico.
“O cliente às vezes nem sabe que sua encomenda fez esse tipo
de percurso, mas conseguem perceber que a entrega aconteceu em um prazo menor.
Conseguimos fazer de 80% a 90% do percurso, garantir maior segurança para a
operação, além de contribuir com a redução na emissão de carbono”, completou.
As informacões são do site g1.
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