Jornal ACOMARCA

domingo, 27 de março de 2022

BONINAL - Três anos da morte de Jerrian Cunha, família clama por justiça

 


Não se sabe se por falta de evidências ou por algum mistério, que não se sabe qual, o que se sabe é que até hoje  nunca foi apresentado nenhuma solução contra o crime de assassinato do assessor parlamentar Jerrian Cunha, natural da cidade de Boninal, na Chapada Diamantina. Apesar dos avanços tecnológicos e ás vezes até de  esforços  nas investigações, há muitos casos de assassinatos no Brasil que ainda não foram resolvidos e outros que ganharão sequer  alguma resolução. O Caso Jerian, é como o caso Mariele, são crimes não resolvidos até hoje!

O assassinato do assessor parlamentar , acontecido há mais de três anos sem que se saiba quem são os assassinos ou mandantes do crime.

A mãe do jovem Jerrian Cunha, Janeide Cunha, aproveitou o evento de inauguração da maternidade Frei Justos em Seabra , onde estava o Governador Rui Costa, a deputada Ivana Bastos, secretários e deputados para cobrar elucidação. Emocionada ela clamou por justiça e pela responsabilização dos autores dos disparos que vitimou o filho

O crime aconteceu na noite do dia 12 de novembro do ano 2018. Jerrian Cunha Silva foi abordado por dois homens em uma moto, quando passava pela Avenida Edgar Santos, no bairro de Narandiba, em Salvador.


Jerrian tinha 28 anos e estudava Ciências Sociais na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). O jovem também era assessor parlamentar de uma deputada estadual. O corpo dele foi enterrado na cidade de Boninal, na Chapada Diamantina, onde ele nasceu.

Na época do crime,  um irmão contou que Jerrian nunca relatou ameaças para a família, mas acredita que a atividade política dele na Chapada Diamantina possa ter relação com o caso, já que o jovem denunciava as irregularidades nas cidades da região.

O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas a autoria e motivação do crime nunca foram divulgados. Também na época do crime, a Polícia Civil chegou a descartar a hipótese de latrocínio – que é o roubo seguido de morte –, e passou a tratar o caso como homicídio.

O irmão de Jerrian, Pedro Cunha escreveu em suas redes sócias:

“Esclarecimento aos amigos de Jerrian Cunha

Pessoal, desde o falecimento do meu irmão, vcs, amigos dele, tem nos procurado pra saber como andam as investigações, causas que motivaram o crime bem como os responsáveis por isso. Nós não falamos disso de maneira aberta, mas acho que é justo compartilhar aqui pela rede onde ele era tão ativo, a situação até o momento:

1 - Recebemos, desde o início, poucas informações sobre o andamento do inquérito. Tanto os familiares, quanto o advogado, quando estiveram na delegacia, acessaram poucas informações;

2 - Embora o assunto fosse comentado no meio em que ele vivia (entre a classe política que ele atuava) nos dias e semanas seguintes a sua morte, poucos movimentos ou sinalizações de interesse em ajudar na resolução foram prestadas posteriormente;

3 - O caso continua sendo tratado pela DHPP responsável, em Salvador.

O meu irmão foi covardemente assassinado por pessoas que o aguardavam e que nada levaram.

Não tenho dúvidas que foi um crime planejado e não precisamos ir longe para saber quem eram as pessoas que se sentiam ameaçadas por eles.

Vamos (estamos) cobrar a justiça, com certeza! Mas amigos, não nos enganemos. É muito difícil condenar um mandante de um crime quando ele detém parte do poder em suas mãos, seja por cargos concedidos ou favores trocados. O próprio sistema prevê privilégios que já começam com a instância a que se deve ser julgada.

No entanto, as respostas estão em nossas caras e na página do Face dele nos meses que antecederam sua morte. As denúncias eram contundentes e direcionadas. Então não sejamos ingênuos! Ainda que a justiça não consiga resolver um caso de um crime cometido em um dos lugares mais movimentados (e também perigosos) de Salvador, nós sabemos a quem ele incomodava.

Essa mulher da foto, a quem tenho muito orgulho e  amor, é a minha mãe em um evento lembrando que ainda aguardamos respostas”.

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