Jornal ACOMARCA

domingo, 29 de maio de 2011

IPAC prepara ação educativa em Seabra

Memórias e roteiros dos patrimônios culturais e ambientais de Seabra integram exposição e programa de educação do IPAC em seis municípios da Chapada Diamantina

Após passar pelos municípios de Wagner e Iraquara, na Chapada Diamantina, a exposição Circuitos Arqueológicos está sendo preparada em Seabra, município que fica a 456 km da capital baiana através de parceria entre Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), e a Secretaria de Educação da Prefeitura de Seabra.

A mostra apresenta resultados das oficinas de fotografia e conservação de objetos que o IPAC promove desde 2010. São 15 fotografias e dezenas livros e peças antigas restauradas por cerca de 30 alunos, entre estudantes da rede municipal, professores, guias de turismo e funcionários municipais que participaram gratuitamente dos cursos.

Os trabalhos expõem as memórias dos moradores, roteiros dos patrimônios culturais e ambientais de Seabra e o mapa completo dos Circuitos Arqueológicos criados via convênio do IPAC com a equipe de arqueologia do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) com recursos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

Segundo a coordenadora de Educação Patrimonial do IPAC, Ednalva Queiroz, o projeto dos “Circuitos” mapeou 57 sítios arqueológicos e propõe oito roteiros culturais que passam por cidades do século 19, belas paisagens, rios, antigas estradas, cavernas e sítios de pinturas rupestres. “As oficinas conscientizaram populações dos seus bens arqueológicos e naturais que são vetores identitários e de desenvolvimento local”, comenta Ednalva.

Em tamanho 40x30cm, as fotos foram feitas com máquinas analógicas, digitais e até aparelhos celulares, durante aulas práticas orientadas pelos fotógrafos do IPAC, Lázaro Menezes e Elias Mascarenhas, no povoado Vila da Lagoa da Boa Vista. A vila foi fundada após passagem da Coluna Prestes, movimento político-militar brasileiro ligado ao “tenentismo” ocorrido entre 1925 e 1927.

A “coluna” foi caracterizada por insatisfações com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público e obrigatoriedade do ensino primário. Já o município ganhou esse nome em função de José Joaquim Seabra que governou a Bahia de 1912 a 1916 e de 1920 a 1924.

Durante os cursos os alunos aprenderam técnicas de luz, distância e movimento, além da revelação e ampliação de fotos. Na oficina de conservação os alunos aprenderam a preservar fotos e objetos antigos, através de técnicas de limpeza e uso de produtos e ferramentas de restauro.

A exposição está sendo preparada para ser aberta no próximo dia 4 (junho, 2011). As próximas cidades a receberem o projeto do IPAC/Ufba serão Lençóis dia 3 e Palmeiras no dia 4, encerrando em Morro do Chapéu em 8 de julho. Mais informações via telefone (71) 3116-6741 e 3116-6737 ou endereço eletrônico ipac.educacao@gmail.com. Dados sobre o IPAC estão no site www.ipac.ba.gov.br.

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